04 junho 2009

Crise Económica

Todas as manhãs, tenho o hábito de ouvir ou ler as notícias, na esperança de identificar sinais credíveis do fim da actual crise económica e financeira. (Das restantes crises actuais, falarei noutros alturas.) Fico impressionado com o drama social associado ao desemprego, as empresas que fecham, as vendas que não cobrem as despesas, a ginástica que as pessoas fazem para que o dinheiro não termine antes do fim do mês, etc.

Apesar de todos os dramas derivados desta crise económica e financeira, acredito que a pior coisa que poderia acontecer era ela terminar nos próximos meses. Sei que pode parecer um contra-senso ou até uma crueldade da minha parte, mas não é.

Na minha opinião, já que fomos forçados a passar por toda esta turbulência, é imprescindível aproveitar a onda implementando profundas mudanças no sistema em que vivemos. Só assim, conseguiremos evitar réplicas, no futuro. Se nos próximos meses, as economias ocidentais conseguissem voltar a atingir os seus objectivos de crescimento de forma sustentada, estou certo de que dificilmente os governos se empenhariam na implementação das medidas necessárias para tornar o sistema mais saudável e robusto. O assunto sairia das agendas ou veria fortemente reduzida a sua prioridade e alcance.

Embora não seja um homem de fé, acredito que esta crise (somada às outras actuais crises) pode significar que uma grande mudança está em curso. Agrada-me pensar que estamos numa fase de transição e que o mundo vai passar a funcionar com outras regras. Um mundo significativamente melhor.

2 comentários:

Catarina Pinto disse...

Parabéns pelo Blog.
Gostei das perspectivas e concordo com elas.

Incitador disse...

Obrigado Catarina.
Volte sempre.

O Curso do Crash

O Dr. Chris Martenson enuncia as suas três crenças: que a nossa sociedade irá sofrer mudanças radicais em breve; que essas mudanças poderão limitar a nossa capacidade de resposta; e que dispomos da tecnologia ou conhecimento necessários para construir um futuro melhor. Os próximos 20 anos serão muito diferentes dos últimos 20.



PS: Agora que alguém se deu ao (excelente!) trabalho de o traduzir, tornou-se ainda mais imprescindível.